Quem cria 3, cria 4, certo?!!!

Sim, é exactamente isso! Estamos em estado de graça!
Nós, felizes. Um pouco a medo, que a idade já é outra (a citar o meu médico, o fofo!)
Os meninos: HIS-TÉ-RI-COS!!!! Nós não contámos a praticamente ninguém, até porque estou com um pequeno descolamento da placenta, mas no Dia do Pai O PAI entrou na onda e contou-lhes. E eles, bem... eles contaram a toda a gente. TODA A GENTE! Um efeito tipo Facebook mas de terra pequena, a loucura.
Os avós não dramatizaram nem um pouco, a minha mãe talvez tenha visto a vida a andar um bocadinho para trás, ahahahaahah! Especialmente porque adorava já estar reformada para se dedicar aos netos e ainda não está...
A minha avó e uma das tias do R. dizem que agora "merecíamos a menina", ahahahaahahh. Mas a minha avó rematou logo "que há-de ser outro rapaz" como se se tratasse de um karma, ahahaahahaahahah!

Pronto, e é isto! A nossa vida está deste jeito. Neste maravilhoso estado de graça!!! :)

Adjectivar pessoas

Contra mim falarei, talvez  a jeito de mea culpa, mas penso cada vez mais nesta mania de adjectivar os outros, que é como quem diz, chamar-lhes nomes.
Baseados numa qualquer julgamento, preconceito, na necessidade de atacar uma característica em alguém, diminuindo-a. Diz que esta adjectivação dos outros também tem um lado bom, fofinho, como as alcunhas entre casais, "leoa" ou "ursinho" ou assim...
Uso e abuso de adjectivação, o que na escola sempre me rendeu valentes composições que faziam chorar as minhas colegas que suavam por encher 5 linhas de texto na parte final dos testes quando eu pedia outra folha à "prof" para continuar a debitar flores e cores e "inhos" e "ões" e montes de clichés e frases feitas, preenchidas por adjectivos enjoativos. Consigo fazê-lo, portanto, com distinção. Mas uma coisa é descrever uma porta, como aquela cena dos Maias das 2 ou 3 páginas a descrever a entrada no solar não sei das quantas. Outra coisa, é falar de pessoas, e nem sempre no bom sentido...

O que questiono é o que isso faz de nós, o cognome que oferecemos a outrem, o que diz de nós? Se tenho dificuldades em lembrar-me dos nomes dos amigos dos meus filhos e digo: o gordo, o cenoura, o cabeludo, o lingrinhas, o nãoseiquê... o que é que isto diz de mim? Penso que um desinteresse enorme pelos amigos dos filhos e um exemplo horroroso de catalogação...
Acreditem que consigo identificar amigos dos meus filhos pelos nomes acima descritos, é uma pena mas consigo. Fui criada assim, a ver as diferenças... No entanto, não os trato assim, não falo assim com os meus filhos sobre os seus amigos. Porque estou a criar pessoas, o futuro. E já me basta ter que levantar a sacudir a poeira de tantos anos de exposição a uma sociedade que tem muito de mau e preconceituoso e feio para nos dar e era bom que os hoje miúdos fossem criados de uma forma mais limpa, menos acusatória, com menos rótulos.
Porque em vez de os meus filhos dizerem:
- "olha o cenourinha", que apreciem a particularidade de um cabelo raro e maravilhosamente ruivo!
Em qualquer diferença, que reconheçam o valor da liberdade de se ser único e especial...
Este texto acabará por ser um note to self, para me lembrar de não apontar o dedo. Mas acredito que fomos expostos durante muitos anos a fazer distinções e isto do "todos diferentes todos iguais" é coisa que vai demorar a passar de cliché bonito...
Posto isto, não faço ideia porque me pus a debitar sobre este tema. Tenho a certeza que não foi por isto que abri o blogger. Devia fazer psicanálise, ou assim...

Desafio sociológico

Se o meu percurso académico coincidisse com o profissional, ou seja, se me dedicasse mais às pessoas do que às palavras, tenho a certeza do desafio que me proporia, junto com quem quisesse, independentemente de fundos, bolsas ou burocracias. Mentira, que não tenho dinheiro para financiamentos deste género. Mas como estamos no campo hipotético, há que sonhar em grande.
Dizia eu que se há desafio que me parece interessante do ponto de vista sociológico será perceber os efeitos das notícias nas pessoas.
Buuuuuhhhhh, dizem vocês, que isso é coisa mais do que estudada.
Sim, mas vamos à novidade:
A minha proposta de trabalho é muito simples. Escolhem-se duas comunidades. Isolam-se as mesmas do Mundo embora as pessoas continuem a fazer a sua vida diária.
No Grupo A a exposição diária de notícias: papel, jornal, rádio e internet seria aquela a que somos expostos hoje, no nosso dia-a-dia.
No Grupo B a exposição seria triada e, não obstante um ou outro facto desagradável das notícias de todos os dias, o grosso da informação seria composta por notícias positivas, interessantes, motivadoras, exemplos de luta, perseverança, situações boas e, imaginem: REAIS.
Porque eu fico louca quando vejo uma notícia maravilhosa, que mexe com vidas e até com países e que nunca aparece nas notícias.
No final, passados 6 meses, queria estudar os efeitos das notícias nos dois grupos. Medir inclusivamente a taxa de suicídio, pessoas medicadas e depressivas. Bem como absentismo, produtividade e rendimento escolar.

E dizem vocês: mas de onde te veio tal ideia? Uma questão de hormonas? Juntaste-te a uma seita estranha? Tornaste-te vegetariana? Viste a luz?

Não! Vi este vídeo, que é das coisas mais bonitas que vi. Mas que nunca vi nas notícias. E tenho pena!

Sentimentos, por crianças...

Esta semana a minha sobrinha, 2 anos de gente ficou com a minha mãe. A minha irmã e cunhado estiveram em Coimbra onde ele fez mais uma intervenção no IPO.
A minha sobrinha está muito habituada a estar com a minha mãe. Mas está muito, muitoooooo mais habituada à mãe dela. Como a minha irmã não está a trabalhar passam juntas 24h/dia. Temia-se o pior....
A semana até passou bem, nunca chorou pelos pais, perguntava por eles mas compreendia que estavam a trabalhar, que era o que a minha mãe dizia. Volta e meia a minha mãe encontrava-a sentada, olhar fixo em nada, com os seus pensamentos, indesvendáveis para nós, por muito que possamos tentar adivinhar em quem pensava.
Para a animar fomos lá a casa todos os dias e, inclusivamente os meus filhos dormiram lá esta noite. Sim, os meus pais ficaram com os 4 netos sendo a casa com mais crianças por m2 aqui e nos arredores.
Hoje, ao almoço, ouviram a porta a abrir e ela foi espreitar. Quando viu os pais, conta a minha mãe, soltou um suspiro enorme, mas mesmo lá do fundo, sem explicação. Contemplou-os e suspirou, longa e profundamente. Depois fugiu em sentido contrário, louca, para voltar a correr na direcção deles. Agarrou-os e encheu-os de beijos e nunca mais os largou, histérica.
Isto tudo para dizer que não sei, mas adorava saber, o grau de sofrimento que teve, se teve.
A ansiedade que sentiu, se sentiu.
Se sentiu abandono.
Se pensou que tinham simplesmente desaparecido.
Se, se, se...
O que terá pensado?
Não faço ideia mas tenho imensa curiosidade.
Tal como os caminhos do Senhor, são insondáveis os pensamentos das crianças, especialmente nesta idade. Embora, mesmo quando já comunicam perfeitamente connosco continuem a ser um enigma. Nunca sabemos o que pensam exactamente e, se não o expressarem, podem sofrer ou estar magoados com alguma coisa que não sabemos... Tentamos ser atentos mas pode sempre escapar alguma coisa. E pode ficar lá, a magoar, a moer, a criar raízes, a crescer, a criar trauma... Ok, talvez exagere. Mas há coisas que ficam sempre.

Só para terem noção eu tenho a imagem nítida como um filme em HD a passar à minha frente de uma vez em que o meu pai me ralhou logo depois de nascer a minha irmão. Eu já tinha 4 anos mas lembro-me de estar a "brincar" com ela, do tom de medo que a magoasse do meu pai, a exigir cuidados com a bebé e a ordenar-me que fosse para o meu quarto. Lembro-me da dor. E lembro-me de depois ele ter ido ter comigo, falar com mais calma, fazer-me cócegas e explicar a fragilidade de um bebé. Penso que foi aí que percebei que havia espaço para as duas.
Talvez se não estivesse atento (ou a minha mãe não o tivesse mandado reparar danos, acredito) eu hoje ainda tivesse só a 1.ª parte da memória. E um trauma enorme. E um ódio profundo pela minha irmã. Podia até ser uma drogada, ahahaahahahaahahahahaahh

Fora de brincadeiras, estar atento é tão importante quanto difícil. Como, no fundo, tudo aquilo que representa o mundo fantástico da parentalidade. Um desafio constante!

Não tinha pensado assim...

... mas está de génio, do ponto de vista da inteligência emocional:

Ontem, no Conan, entrevista a um jogador de futebol americano por causa do Super Bowl. Não retive nada da vertente desportiva da entrevista mas, às tantas, o Conan perguntou-lhe com aquele ar de quem se perdeu nas contas: "Já vais em quantos filhos?". Ao que o jogador respondeu: "QUATRO". O Conan fez uma das suas piadas e o jogador respondeu, sobre a família que está a formar com a mulher: "O nosso corpo também tem quatro membros".
Não acham esta expressão/analogia de uma poesia maravilhosa?

A-MÁ-MOS!!!!!

Em modo aluna

Esta que vos escreve em dias que começam a adivinhar a saída de Maria Vitória da garagem, ou seja, à porta da Primavera está, por estes dias, já em modo Primavera.
Há passarinhos a voltar às frondosas árvores que circundam a minha casa, o jardim começa a despontar, o ar quer ficar mais quente começando a envolver-nos como uma carícia, o Sol começa a parecer mais forte, mais próximo de nós e até as nossas almas parecem mais iluminadas.
Até as borboletas voltaram, concentrando-se no meu estômago em modo adolescente apaixonada.

Esta que vos escreve iniciou um sonho, chamemos-lhe sonho, há muito sonhado.
Comecei finalmente um Curso de Escrita Criativa.
Pela qualidade desta narrativa pejada de analogias pirosas de fraca qualidade, percebe-se bem o quanto precisava de dar este passo, não?!!!! ahahahaahah

Posto isto, dizer que adoro ser estudante-adulta. Absorvemos, queremos saber e saboreamos muito mais o que nos tentam transmitir. A loucura é tanta que tenho perspectivado, mal acabe este, um Curso sobre Fernando Pessoa pois, se houver reencarnação, fui-o na vida anterior. Estas personagens todas em que me desdobro não podem ser apenas uma coincidência, ahahaahahahahaah

A minha 1.ª Quaresma a sério!

Sexta-feira o meu pai fez anos, enfardei-me de bolo de chocolate, o resto foi para minha casa "para os meninos";
Sábado, após uma caminhada de 7 km's, almoço com bolo de anos de um colega, que era de chocolate e do qual arrematei 2 fatias (o recheio era de caramelo);
Depois do almoço passámos nos meus sogros e a minha sogra tinha preparado para o lanche... bolo de chocolate. Uma fatia tímida. O resto, adivinhem... foi para minha casa "para os meninos";
Domingo foi dia de dar a volta aos 2 meios bolos de chocolate. Claro de que, de tarde, eles tiveram uma festa de anos e a mãe do aniversariante, que devia ser minha amiga, mandou fatias de bolo dos anos "para os meninos" sendo que duas foram comidas pelos pais dos meninos após o jantar, que até me lambuzei!
Segunda-feira eu só me perguntava como ganharia coragem para fazer o bolo de anos da minha sobrinha, que fez 2 anos na terça, a fofinha. Bolo de chocolate estava fora de questão, estava a ficar meio enjoada e tinha imenso alojado, vá, à volta do meu coxis, tendo o meu marido dito qualquer coisa como "provisões para 4 invernos, 2 em cada nádega", ahahahaahahahaahah

Fiz... pão-de-ló, com recheio de... chocolate e morangos, coisa mais boa!

Ontem, terça-feira, ataquei basicamente tudo o que era doce na festa, escandalizada cada vez que o meu marido dizia que não queria, não me acompanhava, não lhe apetecia, não tinha fome, afinal tínhamos comido um belo Cozido ao almoço. Pois, se tínhamos, mas há sempre lugar para mais um docinho, não?... Para ele não, o que eu gostava de ser assim, ver uma mesa cheia e não ter que provar de tudo um pouco.

Posto isto, decidi, deliberei e interiorizei ontem, terça-feira GORDA, que nesta Quaresma não tocarei em doces nem pão.
Será a primeira Quaresma em que levo a sério o período de jejum, moderação e auto-negação, especialmente das duas coisas que mais me fazem a avariar a balança, porque a minha Gula é só com estas duas criações do diabo: doces (especialmente bolos) e pão, coisinha pouca.

Hoje, quarta-feira de Cinzas entrei na abstinência, na auto-negação de doces e pão. Serão 40 dias que terminarão, imagine-se, na véspera dos anos do meu filho mais velho, ahahahaahhahah

Há que ter objectivos, certo?!!!

Gralha, será que a tua abstinência para com os teus Gralho-fãs, será também um jejum comó meu?!!! Sim? Sim? Siiiiiiimmmmmmmmmm?!!!!! Olha que a ansiedade faz-me atacar doces, vê lá a tua responsabilidade!!!! :)

Interacção!

O que mais me fascina, nisto de ter filhos, é todo o processo de comunicação. Entre eles. Deles connosco. Deles com outros. Nunca há monotonia. Há risadas permanentes. Piadas. Zangas, claro.
Até quando dormem comunicam connosco quando os vemos deitados, descansados, uma carinha mais bonita e angélica que a outra... Dizem que estão em paz, bem, e nós vamos dormir reconfortados.

Há conversas tontas. Outras bem interessantes. Outras ainda que deviam ser escritas para não nos esquecermos.

É por isto que quando me perguntam porque tenho 3 e porque gostava de ter uns 10 a resposta é tão fácil: brainstorming. Permanente. Muito bom!
A contribuição de cada um, com a sua personalidade única é maravilhosa e uma pessoa só penso que se tivesse mais ainda seria melhor.

A devida introdução para contar uma conversa. Passou-se ontem.
Estavam em casa da minha mãe. Sai do trabalho a 15 minutos da aula de natação. Liguei à minha mãe para que descessem para não nos atrasarmos. Quando cheguei estavam na rua com a minha mãe e a minha sobrinha. Baixei-me e ela voou para mim. Cai de rabo no chão com ela ao colo, que depressa me largou enquanto, muito séria, tentava perceber o que tinha acontecido. Ri-me tanto que não me levantava. Há anos que não caia...

Entrámos no carro e eu digo:
- Viram a mamã a cair de rabo no chão?
Ao que o meu filho do meio, 7 anos de gente disse:
- Não digas rabo que é feio, diz bati com o coxis no chão.
O mais velho ia para explicar que rabo não é feio mas é interrompido pelo mais novo que, com as mãos a tapar a boca exclama, horrorizado:
- Ahhhhhhh, coxis é uma asneira feia...

ahahaahahahaahahahah
Vi jeito de ter de parar para me controlar de tanto rir...

Nota: o meu filho que tem coxis e não rabo também não diz xixi mas sim necessidades líquidas. ahahahahahaahahahahaahah

Aniversário à porta

Sábado, Grande sábado, o meu mais novo faz 5 anos, uma mão cheia que mostra com um orgulho imenso de quem gosta de crescer, ama viver e quer, porque quer, ser maior.
O meu amor maior mais novo faz 5 maravilhosos anos.
Com os mais velhos só fizemos festas de aniversário com os amigos após entrarem na Primária. Este meu filho de Janeiro ainda vai ficar muito tempo no Jardim-de-infância mas quer, pediu muito uma festa (fartinho de ir às dos manos e ele nada...).
Vamos fazer-lhe a tal festinha. É já sábado, depois de amanhã.
E então está tudo organizado?
Claro, então não?!!!
Já consegui... entregar os convites - HOJE - 2 dias antes...
Os dias têm sido tão arrebatadores que já me arrasto... um cansaço enorme, um sono apesar de até dormir bem, um sem parar de tarefas que aparecem de todos os lados, coisas e coisinhas que me sugam energia sem que dê por isso.
Posto isto estou super feliz por já ter a tarefa convites riscada da lista (ahahahahaha - lista, pois).
Sexta-feira até ia tirar a tarde para dar andamento às coisas, mas o trabalho esta semana progrediu tão pouco que não o vou fazer. Sou pessoa para fazer um directa de sexta para sábado. Mentira, não sou nada.
A experiência dos mais velhos já me mostrou que generosos pratos de batatas fritas, picocas, sumos e um bolo de aniversário é o que os miúdos realmente comem. E talvez uns copos de fruta cortada com gelatina, uma maravilha. Tenho é que arranjar um tempinho para ir fazer umas compras, se calhar dava jeito, não?!!!!

O meu pensamento do dia será este:
Os anos, três filhos e o aparecimento de uma imensa capacidade de relativizar fazem maravilhas! É o que vos digo.

O conselho do dia será, portanto:
Tenham filhos, os vossos níveis de stress desaparecem, juro! Relativizar faz maravilhas à pele!

Mamas e nervos

Foi ideia minha: no virar do ano vamos fazer um check-up. Como já contei, o meu médico (que me recusava sempre mamografias e afins, que antes dos 40 não havia necessidade) marcou-me tudo aquilo a que tinha direito.
Fomos hoje. Só para terem noção do meu estado de nervos, dizer-vos que:
Fui chamada e colei-me de mamas contra um pilar, naquilo que presumi ser a ecografia mamária. Pouco depois veio a mamografia e, contra tudo o que me tinha dito, não me custou rigorosamente nada, sempre ansiosa por detectar expressões preocupadas na rapariga que manobrava a máquina.
De seguida mandaram-me esperar para ir ao "Doutor". Oi? Doutor? E na minha cabeça mil e quinhentos pensamentos que "elas" nunca foram a doutor nenhum quando me falam da mamografia.
O meu homem estava noutra sala de espera pois ele ia fazer apenas RX e ECG e eu sozinha com mil pensamentos...
Muito depois lá me chamam para o "Doutor". Deitei-me ao lado de uma máquina que me pareceu familiar e esperei, esperei, enquanto ele usava uma máquina brutal em que ele ditava e o texto aparecia, ditava inclusivamente a pontuação e os parágrafos...
Bom, no meio disto ouvi-o ditar "dois nódulos, com 8 e 16mm".
Será da minha mamografia?????? O Pânico. Estou tramada, não vou ter mais filhos, será cedo para actuar? Blá, blá, blá...
Ele lá se lembrou de mim, voltou-se e pegou na máquina e eu pensei: "que giro, é como fazer uma ecografia, mas sem bebé"...
E fez-se luz: "Ahhhhhh, isto é a ecografia mamária".... ahahahahahaahahahahahaahh
Então aquilo há bocado já foi ao RX?!!!! Ahahahaahahahaah
No meio dos meus pensamentos aparvalhados e bipolares, entre o pânico e a comédia,o médico disse: "Está óptima!!!! Volte daqui a 2 anos!"

Ufa! Agora é aguardar que os neurónios também voltem ao sítio, ahahahahahahaah

Às minhas queridas amigas com filhAs...

... que vão acampar para Lisboa este fim-de-semana, ahahahahahahahahahahahah


Muito Bom!
Obrigada meu Deus, pelos FilhOs!

E então a vidinha vai boa?

Pode dizer-se que sim.
Já cortei o cabelo, que era um dos objectivos para este ano (o meu marido aqui reforça a questão do padrão elevado dos objectivos que defini para este ano, ahahahahahaah).

Venha o próximo!
Tic, tac, tic, tac...

Começar pelos mais simples!!!

Os Nossos Príncipes

Hoje tive oportunidade de folhear o livro de Judite Sousa em homenagem ao filho. Fiquei tão, mas tão sensibilizada...
Eu já achava que o livro, a jeito de homenagem ao filho, um afago no vazio, um querer deixar um pouco dele vivo, já era bonito, muito compreensível.
Quando soube que a venda do livro reverte para uma Bolsa para que alunos que não têm as possibilidades que o filho teve tenham a possibilidade, de estudar, claro... fiquei... feliz. Feliz, não me ocorre outra palavra, achei tão bonito. Muito.
Mas hoje, ao folhear, vi a possibilidade que a família e amigos tiveram de, no fundo, se despedirem dele, por escrito, para um muito longo prazo.
A avó termina por dizer "meu lindo menino, meu raio de sol!" e eu fiquei tão perdida com aquela expressão.... Os avós são mesmo qualquer coisa... e estas voltas trocadas da vida devem, tenho a certeza, partir-lhes completamente o coração...

Um dia destes sou capaz de comprar o livro, muito pela causa, também por tudo o que transmite. Bonito!

Zumba

Ora bem, quem me conhece saberá que não sou, de todo, dada a actividades que envolvam desporto, excepto abrir e fechar a porta do frigorífico repetidas vezes.
Foi sempre a nota negra na pauta da escola, já experimentei algumas modalidades que há ou houve cá na terra, incluindo capoeira, ahahahahahahaahh e nada chegava a mim, não me interessava, não dizia comigo.
Há coisa de 1 ano começou esta nova modalidade da moda cá na terra: Zumba. Como qualquer moda foi o mulherio todo experimentar, a loucura. Nem me mexi de onde estava. Zumba? Deusmalivre!

Em Outubro quando comecei a ir à Nutricionista ela disse que era melhor começar a praticar uma modalidade desportiva e caminhadas. Confesso que para caminhadas, que adoro,  não tenho grande tempo até porque o ideal para mim seria à noite mas no sítio onde vivo, um absoluto meio do nada, numa recôndita vinha do meu avô... ninguém me verá por ali a caminhar depois do sol posto.

Foi assim que experimentei isto da Zumba e.... zumba que fiquei apanhadinha.
Gosto de dançar e assim pratico fitness mas a dançar e é muito bom. Incrível a energia com que saio dali depois de uma hora sem parar. E mais incrível é que, desde o 1.º dia, nunca precisei de ir ali descansar um bocadinho, o mix de coreografias, umas que trabalham mais os braços, outras as pernas, outras as ancas.... numas recuperamos das outras.
É uma arte que está muito bem concebida, gosto mesmo. E um dia destes estou zumbástica! :)

Dr. Google, ahahahaahhaahahahahah

Este tópico no blog da Gralha (ver comentários) introduziu no meu mundo este termo maravilhoso que é "Dr. Google", ao qual achei um piadão pois é uma prática tão, mas tão corrente.
De facto é uma das maiores invenções do homem, de tanto e do tudo que ali se junta.

Ontem, por exemplo, a minha mãe telefonou-me preocupada pois o meu filho mais velho, "O Obediente", que tem vindo a manifestar umas atitudes diferentes, como se andasse zangado com o mundo. Obviamente que sei do que fala, anda diferente, muito diferente, teimoso e respondão ao ponto de eu já ter avisado o pai que não sei se sobrevivei a 3 adolescências de seguida lá em casa.

Após conversar com a minha mãe questionei-me sobre a idade do início da adolescência, até porque ainda só vai fazer 9 anos.

E o Dr. Google explicou-me que sim, que entre os 8/9 anos as crianças começam a mudar de comportamento, amuam, ficam mais teimosas, questionam tudo, especialmente ordens, a jeito de pré-adolescência. A dica é não entrar em discussões, manter a calma e optar por conversar de forma calma em vez de berrar (isto é a descrição da minha pessoa, ahahahahahaahahah. Eu é que vou mudar muito com isto tudo ou estou bem feita).

Quando o fui deitar, já os irmãos dormiam há, pelo menos 1 hora (que acha que é o maior e não quer ir cedo para a cama) sentei-me e disse:
- Olha meu menino quero explicar-te uma coisa, deves perceber que andas um bocadinho mais respondão, mais chatinho, não tens paciência e pegas demais com os teus irmãos, já para não falar nas más respostas que me dás. Mas quero que saibas que é normal, é mesmo assim, faz parte da idade, vais andar assim por uns 4 anos. Promete-me que, percebendo isso, vais tentar ter mais calma e  eu prometo-te que vou também ter mais calma contigo, sim? Assim seremos todos mais feliz!
Ele sorriu, ele/eles adoram conversar e cumplicidades. Sorri também e disse:
- Porque se me chateias como me tens chateado de manhã um dia destes agarro-te por um pé e levo-te de rojo até ao rés-do-chão a ver se acordas, sim?!!! Fofinha da mamã!!!

E desatámos a rir, que felizmente eles já vão percebendo o nosso sentido de humor!

Vêem? O Dr. Google resolveu quando a minha mãe estava a um passinho de propor uma Psicóloga!

É bem capaz de se candidatar a livro da minha vida

Tenho e terei sempre o filme da minha vida que definiu, aos 13 anos, quando o vi no cinema, que eu voltaria sempre para a minha terra e que aqui nunca seria um estranha.
Este processo foi tão claro e entrou tanto em mim que não consigo explicar. E "Cinema Paraíso" será sempre, eternamente, o filme da minha vida. Insuperável.

Livro, o que é estranho, não tive nunca, nenhum. Nenhum livro da minha vida.

Mas agora temo que esta lacuna tenha sido preenchida. Bolas, li este livro com tanto sofrimento, tanta dor, entrou-me tanto na pele... que cheguei a ficar uma noite a ler até às 5 da manhã, coisa que já não acontecia há anos...

Acabei-o agora e preciso de pensar sobre isto tudo pois entraram-me na vida 3 gerações de uma família, uma enorme propriedade na Austrália que parece que fui lá ontem e um amor do tamanho do mundo, tão abençoado quanto amaldiçoado. Isto é pior que acompanhar uma novela!

Bolas, que estou cansada e emocionalmente desgastada. Preciso de um banho para tirar a poeira do rosto, de um chá para acalmar tanto sofrimento e de uma noite de sono para voltar a acordar aqui, sinto-me mesmo em modo jet lag.

Entretanto descobri que chegaram a fazer uma série baseada no livro e ando doida para vê-la. O Padre Ralph na série é o actor Richard Chamberlain e, depois de me habituar a que seja mais baixo do que eu tinha desenhado na figura que criei enquanto lia, percebo que o galã dos tempos da minha mãe se adeque ao papel. E vejo os trechos de lágrima no olhos, enquanto não vejo a série toda.





Poesia

No carro conversávamos sobre esta situação horrível de ontem em França e eu questionava isto do extremismo/fanatismo/terrorismo em nome da religião com um eventual mea culpa face ao próprio historial da religião que digo minha falando exactamente da Inquisição. A conversa seguia e ele, este homem com quem casei, explicou-me tudo isto assim:
- Esta música, para chegar ao rádio requer duas ondas, uma mais forte que desbrava caminho e consegue vir da emissora até aqui. Há outra, mais fraca, que vem às costas da mais forte pois não conseguiria ter força para vir sozinha. Quando chegam ao rádio a onda mais fraca é aproveitada pois traz os dados que convêm e a onda mais forte, que fez o caminho, é ignorada. A onda mais forte é a religião e a mais fraca são estes grupos que se colocam às costas da religião.
Dois conceitos aparentemente tão distintos: Frequência e Religião e tudo fez um enorme sentido explicado assim. Se isto não é poesia...

Ansiedade e medo

É o meu estado agora. Marcámos consultas para o início do ano, rotina, análises, ver como estamos que já não vamos para novos... ahahahahaah
Hoje fomos levar os meninos à escola e rumámos ao centro de saúde. Mal chegámos apareceu uma enfermeira a dizer que o meu homem tinha a vacina do tétano atrasada, ups! Lá foi com ela actualizar a questão.
Quando fomos chamados tensão optima, igual entre os dois, por sinal. Peso... descalcei-me antes de subir para  balança e o meu médico diz que sim, 100 gramas fazem toda a diferença, ahahahaahah
O Natal fez das suas, eu já sabia, só confirmei. Diz que está bom, tudo bem... embora possa perder 4 ou 5 kg. Entendido.
Eis senão quando marca análises, RX, mamografia e ecografia mamária. Quero muito fazer isto tudo, estou mesmo ansiosa por fazer estes exames mas, ao mesmo tempo, é um medo que me invade... A minha família tem um historial menos bom pelo que estou assim meso: ansiosa e cheinha de medo.

Agrava o facto de hoje de manhã, enquanto vestia o meu filho mais novo, a tv estar na SIC e a fofa da Dona Maria Helena e o seu programa Dilema (que é qualquer coisa de maravilhoso) ter dito: "Escorpião: Mime o seu marido, faça exames de rotina e não arrisque negócios".
Estão a ver ali o 2.º ponto? Glup!!!!

Com que então... 2015?!!!!!

1.ª grande verdade:

2014 foi assim, sem nada de particularmente espectacular mas com muito de bom!

2.ª grande verdade:


E há tanto, tanto por fazer! A Fazer!

3.ª grande verdade:


Um novo ano é sempre um recomeço, digam o que disserem. Ainda que fique tudo igual, muda tudo! Comecei a namorar (há 10 anos, parabéns a nós!) com O Homem da minha vida no início de ano, pelo que sim, muda tudo, é sempre um recomeço.
Está tudo igual mas está tudo diferente. É tudo novo!
2015 é para mim um bom prenúncio, de grandes expectativas, sinto-o! Quero que seja assim!

Nota1_ a cada amiga a quem disse isto recebi de resposta: ano novo, bebé novo?! ahahahaahahaah
Nota2_ a ver se escrevo mais aqui. Aliás, escrever há-de definir 2015! Ou então só a mim!

Um ano muito bom para quem (ainda) aqui vem! MUITO BOM MESMO!!!!!