Quando fizémos a nossa casa optámos por não fazer lareira e, sim, comprar uma salamandra.
Quando nos mudámos comprámo-la. Por essa altura a minha sogra foi às urgências onde estava um miúdo que se tinha queimado numa salamandra. Aquilo assustou-me imenso... Pensámos nos perigos de ter 3 miúdos em casa, nomeadamente um bebé muito mexido e não a ligámos. A salamandra ficou bem quietinha estes 4 anos e até ganhou um nome, é a Sally.
Os invernos passaram-se com mantinhas, um aquecedor e um ar condicionado que até se ligaram poucas vezes. A nossa casa não é muito fria, mas claro que se está mesmo frio sente-se.
Este ano foi o ano de a ligar. O meu homem e o meu sogro fizeram o buraco, passaram o tubo/chaminé, um dia de trabalho duro mas correu tudo bem. Há coisa de um mês temos aquecimento a madeira em casa e eu só vos digo uma coisa: QUE MARAVILHA!
Nos primeiros dias assustei-me com o cheiro a fumeiro a impregnar-se na casa, no cabelo, em nós... lá me disseram que é normal, é o ferro a ganhar carácter, ahhahahahah. Agora já não parece que vivemos numa chaminé carregada de chouriços (o que dava jeito, vá). Uma das coisas que mais noto é o conseguir usar as mãos, que antes ficavam sossegadas debaixo da mantinha. Só nas últimas noites costurei um casaco, uma camisola, fiz a bainha a uma saia de ganga que encurtei e li uma revista. Hoje a ver se continuo o meu projecto crafty de fazer almofadas para o sofá, sendo que estou a utilizar pano de calças e camisolas que já não uso e a bordá-las a lã, vai ficar uma coisa gira que se farta, ahahahahahahah. É que agora é um desperdício não usar as mãos.
Sally: bem-vinda a casa, és a salamandra do nosso coração!
Quem me dera.
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