Na sequência do post da Gralha venho por este meio partilhar o dia em que conclui que pintar o cabelo é uma cena que não me assiste.
Tudo começou quando tinha uns 20 anos. Resolvi pintar o cabelo de Caju, que estava supé na moda.
O meu cabelo é super grosso e muito escuro.
Contra todas as expectativas, o caju pegou em modo vermelho sangue vivo...
Para mal dos meus pecados, pintei o cabelo numa sexta-feira e no dia seguinte parti rumo ao Alentejo para um encontro de catequistas. Mas cheguei diz-me uma das irmãs:
- Ai filha, pois o que fostes fazer ao cabelo? (Olhem o pormenor de me lembrar, 15 anos depois, que quando ela me abordou estava a comer pão com marmelada - dura nas horas, por sinal).
O dia passou, muita formação, muita reza, muitos olhares de lado para o meu cabelo que, obviamente, destoava à brava do quadro das catequistas da Diocese de Castelo Branco-Portalegre.
Chegou a noite e fomos dormir. Domingo de manhã acordei cedinho e não imaginam o pânico ao olhar para a fronha da almofada que antes era branca e agora parecia que tinha assassinado um gato ali em cima.
Arrumei a mala, fiz a cama e a almofada toda vermelha... uma vergonha.
Acabei por fazer o óbvio e mais adequado e roubei a fronha, deixando a almofada estrategicamente tapada debaixo da manta.
Moral da história: por causa de pintar o cabelo roubei numa casa da Igreja num encontro de catequistas... pessoas da Casa de Mem Soares, essa fronha que falta há 15 anos no inventário da casa, fui eu!
Depois, depois foi o stress do cabelo seco, o cabelo multicor enquanto crescia até que desapareceu tudo. Odiei a experiência. Jurei que nunca mais. E mantenho.
Venham os branquinhos que um cabelo grisalho é coisa com muita pinta!
Sua grandessíssima ladra de fronhas :P
ResponderEliminarA pregar a fé e depois dá-lhe para a cleptomania... ahahahahahahah!
Por favor, podes contar mais estórias destas, podes? É que devolvem-me anos de vida de tanto rir, qualquer dia nem preciso de pintar o cabelo.
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