Uma questão de visão:
Tarefa (hercúlea): passar cabos pela tubagem enterrada há uns 5 anos entre a nossa casa e o anexo.
Objectivo: conseguir passar uma guia para depois puxar os cabos para ligar a luz no anexo.
Modus operandus: seria simples mas os tubos acusam sujidade e a guia não passa, implicou abrir vários buracos no jardim para descobrir onde estava o obstáculo.
No local: Pás, enxadas, montes de terra como se tivéssemos uma praga de toupeiras gigantes no jardim.
Duração: Toda uma tarde solarenga onde eu podia ter simplesmente andado a pavonear-me com um chapéu de palha, uma sachinho e pacotes de sementes, como nas revistas ou nas novelas. Nada disso, uma infinidade de tempo a abrir buracos.
Luz ao fundo do túnel: Ao conseguir chegar com a guia ao destino final, o quadro atrás da porta de entrada, fios presos à guia, ele a empurrar fios na extremidade do cano, eu a puxar a guia no quadro. Às tantas puxo a derradeira vez e... trás... parte-se a guia e dou-me um soco por baixo do olho direito. Felizmente com pouca força ou o meu homem hoje estaria ser olhado de lado, mas o olho não ficou roxo.
Novo problema: Ele passou-se um bocadinho, como é que íamos resolver aquilo. Tanto trabalho e aquela... vá, merda, parte-se mesmo quase no final. Enfio o olho atordoado no buraco do quadro e grito:
- Está mesmo aqui, olha, chegou aqui, falta p'rái um centímetro.
Ele olha também, vejo esperança no seu olhar.
Resolvo, cheia de iniciativa:
- Vou buscar a minha pinça para o puxar?
Ele olha para mim, não responde e vai buscar um alicate. Ahahahahahaahah
Resultado final: Resolvido! Às 9 da noite estava tudo na cama, nós sem nos conseguirmos mexer!
Adoro a tua família!
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