O meu filho mais velho ficou em casa no início desta semana com febre e mau estar na barriga. Sempre que um deles fica em casa vou à escola buscar os TPC e ver o que andam a fazer, para não atrasar. Fi-lo a semana passada com o do meio e esta semana com o mais velho.
A professora disse para fazer umas fichas de matemática e o texto e ficha de português sobre o Dia da Mãe.
Leu, respondeu às perguntas e, no final, tinha que escrever um texto sobre a mãe. O dele dizia assim:
- A minha mãe é muito divertida;
- Gosto do cabelo da minha mãe;
- A minha mãe gosta de arrumar a casa.
- Gosto muito da minha mãe.
Vamos decompor e analisar o texto:
- A minha mãe é muito divertida - Confirmadíssimo, obviamente! ahahahah
- Gosto do cabelo da minha mãe - Pois claro, com a devida vénia à genética!
- A minha mãe gosta de arrumar a casa - Ahahahahahahahahahahahahahah. Até me dói a barriga de rir. Quando li isto disse logo: "Deixa aí o livro aberto para o papá ler", Ahahahahahahah
- Gosto muito da minha mãe - Pois gosta, é recíproco, mágico e imortal!
Vou apenas referir novamente o ponto 3 para tecer uma consideração: aquilo que eles me veem a fazer em casa não representa o que mais gosto de fazer, como se pode perceber... À noite até falámos sobre isto, sobre o tempo que se gasta em casa a fazer de tudo menos o que nos dá real prazer. Não tenho tempo para me sentar no sofá a ler, a escrever ou dedicada a um qualquer projecto giro enquanto eles brincam ali ao lado. Não, o que acontece é dizer "vão para o quarto enquanto aspiro a sala" ou vice-versa. O tempo que consigo dedicar ao que gosto mais de fazer acaba por ser quando já estão a dormir e estico o serão, mas isso eles já não veem.
Há coisas em mim, ou de mim, que eles ainda não conhecem. Que vão acabar por conhecer ao longo da vida mas agora ainda não.
O lado bom da questão é que o meu filho me acha uma fada do lar, o que é sempre bom, ahahahahahaah
É pô-los a trabalhar!
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