Hoje de manhã fiz uma actividade na sala do filho mais novo. Levei ervas aromáticas frescas do jardim e algumas flores do campo que secámos dentro de um livro. Levei uma enciclopédia de plantas e falámos de cada uma delas. Ficou uma aroma maravilhoso na sala entre mentas, hortelã, alfazema e alecrim.
A segunda parte da actividade foi fazerem um desenho com a família de cada um a passear num jardim e colámos flores secas e frescas no jardim. Ficaram uns quadros bem giros e perfumados!
Aparte de tudo isto fiquei intrigada com o desenho do meu filho. Ele está na fase em que uma pessoa é uma bola com dois olhos e duas pernas. Desenhou cinco. Depois desenhou uma mais pequena sem olhos e só com uma perna. Perguntei o que era. Disse que era um guarda-chuva. Mas depois ainda lhe fez uns olhos. Ficámos nós os 5 e um ser meio transparente como quem está sem estar. E eu só penso no gémeo deste meu filho que perdemos ainda durante a gestação. Parece que ele sabe sem saber, que o tinha, àquele irmão. Não sei explicar mas fico com um nó no peito, a pensar se será que seja possível que lhe sinta a falta. Percebem isto?
Ou se calhar não é nada disto e ele ia disparado a desenhar e fez um a mais, sem o fazer... Ele só teve aquele irmão durante 3 meses. Será que o chegou a saber, ou a sentir?!...
Há coisas mesmo... estranhas...
Ele não pode ter memória desse irmãozinho mas não tenho dúvidas que, na sua sensibilidade de criança, pressente a falta que a mãe sente de alguém que, inevitavelmente, faz parte da família - ainda que seja a guardar um lugar para todos lá no Céu. Um abraço, minha amiga.
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