Longe dos pais, que somos nós

Dia 1 - Não vêm ao telefone
Dia 2 - O mais velho vem ao telefone e a minha mãe confidencia que já perguntou quantos dias faltam para voltar para casa.
Dia 3 - Vêm todos ao telefone, falam com a mãe, depois com o pai. O mais novo pergunta ao pai se lhes pode dar um telemóvel para nos telefonarem. Volto ao telefone e digo que, se quiserem falar, basta pedir à avó. A minha mãe diz que o mais velho anda com um ar de saudades absolutas, a fazer contas sobre quantos dias faltam para voltar para casa...

Hoje é o dia 4, ainda não falámos com eles. Quando falei com a minha mãe estavam a dormir a sesta pois vão sair à noite. Já ontem saíram, carrinhos de choque e mais não sei quê. De dia andam encantados a brincar na praia mas quando chega a noite... fo-fi-nhos...

O engraçado e surpreendente disto é que o mais velho só este ano deu nisto. Já quando estiveram com os meus sogros passava o tempo a fazer contas, pedia para telefonar...
Não imaginam como ele era desligado. Ia, gostava, não telefonava, parecia que não queria saber e, por muito que gostemos que sejam assim desprendidos, às vezes eu sentia-me um bocadinho...
Mas agora, aos 8 anos, revela-se este menino dos papás... com saudades, imagine-se! :)

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