Pirosona ou nem por isso?

A minha sobrinha-coisa-mais-fofa-e-linda do mundo INTEIRO vai ser batizada. Sou a babada madrinha. Quando a minha irmã me informou da data comecei a pesquisar vestidinhos e fiquei indecisa. Enviei um e-mail à minha irmã a perguntar:
1. Queres assim p'ró Pirosona
2. Ou algo mais fofinho e útil?

Adivinhem o que prefere? Ahahahahahahahahah
Tenho também constatado que quanto mais Piroso mais caro, o que ajuda imenso!
 

 

Lojinha SOS

A acompanhar um grupo de estrangeiros do Brasil à Dinamarca, tudo cheio de frio que esta terra está quase a zeros. O autocarro para frente à loja do chinês e uma senhora da organização diz:
- Quem está com frio e quiser comprar gorros ou luvas está aqui uma Lojinha SOS.
Sai meio mundo do autocarro para comprar gorros polares a dizer "Portugal". Volta a entrar uma brasileira que diz:
- Lojinha SOS, hein? É um chinêis, igualzinho no Brasil, uma praga, tudo igual em todo o mundo.

Ahahahahahaah!

A porca que vive lá em casa é fofa!

Gostaria de vos apresentar a porca que vive connosco e que é o melhor animal de estimação que os meninos podem ter.
É uma Porquinha da Índia, fofa e gira nas horas. Super mansinha, fica ali ao colo deles aninhada, mesmo querida. Vive numa gaiola embora eles lhe peguem constantemente ao colo.
O único senão é o facto de comer muito, mas quando digo muito é muito. Ração (dos coelhos), alface, cenoura, erva, enfim, tudo o que entra na gaiola desaparece em menos de nada. Quando tem fome começa a chiar. Ah! Também bebe muita água. E obviamente faz muito cocó. Deduzo que tenha um olfacto apurado pois mal começo a preparar alface ela começa a chiar, automático...

O hamster que tiveram antes não tinha metade da piada. Ela é muito meiga, mesmo!
A quem pensa num animal de estimação para crianças eu aconselho este.

Aqui no ombro do mais velho no verão:





















Aqui a andar com eles no baloiço que deveria ser para dois e dá para quatro:
















Notas: Lá em casa moram dois gatos que fogem dos miúdos sempre que podem, é da confusão... Na minha mãe têm 2 pássaros e o peixe que ficou lá por causa dos gatos. Todos têm uma interacção mais limitada com os meninos, a Porquinha é muito mais querida.

Trabalho infantil, mas em bom

Os meus filhos passam as férias de verão nas casas dos avós, uns dias nuns outros dias nos outros e assim não temos que pagar ATL's ou afins. Vão para a horta, dão de comer às galinhas, passeiam, vêem televisão e, com muita sorte, estudam qualquer coisa...
Sendo o saldo extremamente positivo, este ano envolveu um prejuízo real de 72 euros. Os meus filhos que nem são muito dados ao futebol partiram, com uma bola, um quadrado do vidro de uma janela da sala dos meus sogros e, bem mais grave, o próprio vidro da porta do recuperador de calor embutido na lareira. A substituição dos 2 vidros custou 72 euros. O meus sogros recusam receber o dinheiro.
No fim-de-semana o meu marido, que tem os valores mais bem instituídos deste mundo, andava aborrecido com isto. Falou com os meninos e explicou-lhes que a responsabilidade de pagar os vidros é deles, que foram descuidados (no mínimo...). Como os avós não querem o dinheiro, combinou com eles juntarem dinheiro e, com esse dinheiro, vão comprar uma máquina de café para os avós, que a deles já dá muitos problemas. Eles perceberam, pensamos, que o que fizeram tem consequências e que eles têm que assumir a sua responsabilidade.
A forma de arranjar e juntar dinheiro consistirá em fazerem pequenas tarefas que lhes indiquemos e receberem dinheiro por elas. A relva precisa ser cortada mas parece que ainda não têm idade para isso. :)
Por outro lado este fim-de-semana não limparei pó nenhum lá em casa.
Achamos que eles assumiram a tarefa pois logo na segunda-feira venderam 2 bonecas e 1 pulseira que sobraram das que eles fizeram para arranjar dinheiro para o Dia do Pijama. Pediram-me uma carteira e guardaram os 3 euros.

Não sei se me ocorreria esta solução para esta situação mas este homem é realmente inspirador na forma como vê a educação deles. Fiquei mesmo orgulhosa dos meus quatro homens!

Oca, anestesiada, aérea, algo do género...

Foi como passei o dia.
Ontem fui ao funeral do meu tio-avô Artur e senti, uma vez mais, que o cancro deixa nas famílias este quase alívio de "pelo menos já não sofre". Ver a minha avó a dar beijinhos, muitos muitos beijinhos ao irmão morto no caixão, os últimos beijnhos que lhe deu, que as filhas e netos lhe deram... aquele adeus para sempre, o último... é realmente devastador. É uma certeza tão grande e tão forte. O lembrar-me constantemente da neta dele, minha prima, que tinha o mesmo nome que eu porque o pai gostou do meu e pensar que ela já morreu há 22 anos e o golpe que foi e como aquela família se aguentou... E ver o irmão que tinha 15 dias quando ela morreu e a outra irmã que tinha 4... e vê-los ali a dizer adeus ao avô e isto dá-nos um bocadinho cabo da alma... e ter a certeza de que todos se lembraram da Vera, do morte da Vera e que todos hão-de partilhar comigo esta esperança de que sim, de que agora o avô está ao pé da Vera. O avô que nunca mais me tratou pelo meu nome, passei a ser a Menina, nunca mais fui Vera ali porque a Vera deles morreu atropelada à porta de casa e foi tão estúpido e devastador... eu espero mesmo que o avô Artur tenha voltado a encontrar a sua Vera, sabem? O que eu quero que isso seja real...

Hoje logo de manhã a notícia, estranha, inesperada, da separação de uma colega. A certeza de que ninguém, mas MESMO ninguém sabe, imagina, o que se passa nas outras casas... e nada é o que parece e parece que é tudo tão diferente do que se pensa, ou imagina...

E com isto tudo anda uma nuvem em cima de mim, uma sensação estranha...

Por outro lado descobri que a minha avó anda farta da pouca capacidade de bateria do telemóvel, irrita-se constantemente com o toque da falta de bateria e fecha o telemóvel no quarto dos fundos só para não o ouvir(sim, sim, era mais fácil po-lo a carregar, mas ela enerva-se). E trata-o por cabrão exactamente porque lhe dá cabo dos nervos.

Dedicada ao meu tio Artur, Blue Eyes mas mesmo cor de céu limpo:



Das certezas desta vida

Constatei que tenho umas 5 ideias que me fariam milionária. Acontece que, para as concretizar teria que deixar o meu emprego e não posso, pois preciso do vencimento.

Não é triste?!

Alpes portugueses

Hoje acordei nos Alpes. Uma pena as fotografias não fazerem jus à imagem real, porque hoje de manhã estava tudo literalmente branco à volta da minha casa. Que camada de geada. 5 graus e ainda não é inverno.


Dia do Pijama - Hoje é o dia!

Hoje é o Dia Nacional do Pijama. Na escola dos meninos estão a fazer coisas giras, giras!
Estão montadas 4 tendas e em cada uma fala-se de sentimentos e coisas boas:
- Abrigo da Família
- Abrigo dos Afectos
- Abrigo dos Sonhos
- Abrigo dos Beijinhos.

Só para terem noção, daquilo que vi, no Abrigo dos Sonhos a animadora tem uma caixa e diz-lhes que lá dentro está o Sonho dos pais deles. Quando eles vão espreitar qual o sonho dos pais, no fundo da caixa está um espelho... São eles!!!!! Eles sorriem sempre... Tão giro, não é?!!!

E ir de pijama para a escola? E peluche? Uma loucura! Não sei quem lhes veste as calças amanhã...

O coração do meu tio Zé

É enorme. Muito, muito grande! Como ele. O meu tio Zé é enorme. Mas tudo nele é proporcional. O físico e o espírito e a alma e os sentimentos, tudo.
O meu tio Zé emociona-se, comove-se e chora onde e com quem for, se o tema o tocar. Ponto final. Sem a história de os homens não chorarem, o tanas é que não choram.
O meu tio Zé é daqueles de dar, de dar tudo, tudo o que tem. Ao ponto de dar a gestão das contas à minha tia, ela que lhes faça a gestão, ele de pouco precisa e o que não tiver não cai na tentação de dar.
O meu tio Zé é o mais velho de 5 irmãos. O mais novo morreu há anos num acidente. O meu pai é o irmão do meio.
Perderam o pai muito novos. O meu pai tinha 12 anos, o meu tio Zé tinha 15.

O meu tio Zé, há coisa de 2 meses, se tanto, descobriu que aquela dor nas costas eram raízes de um cancro que lhe envolve já todo o interior. Mal soube que o tinha e já o tinha em TODO O LADO, vejam bem que estúpido isto pode ser.
O meu tio Zé tem uma neta com ano e meio e faz-lhe falta. Como faz aos meus primos. O meu tio Zé passa o dia com dores, perdeu o andar, é um homem grande com um mal maior numa pequena cama de hospital.

O meu tio Zé ainda na semana passada ligou 2 vezes à minha mãe a perguntar como é que o meu pai se está a aguentar. Ela que lhe dê força....

...

Azeitona

Podia falar-nos nas calças de fato de treino cinzentas. Podia falar-nos na camisola polar bordeaux. Podia falar-vos no colete cor-de-rosa fluorescente ou mesmo nos meus ténis velhinhos que reapareceram.
Mas não, não falo do quanto gira e fashion me vesti hoje. Mais o boné. Não falo, não insistam que nem fotografia tirei.
Mas posso falar-vos de como é bom para a alma passar um dia a apanhar azeitona. BOM, mesmo!

Os meus pais andam nisto há dias. Hoje também tirei o dia para os ajudar. E é bom, caraças!

De manhã o pai saiu com os filhos, cada um à sua vida e eu dediquei-me à horta. Só o nosso terreno, que herdei do meu avô, tem umas 40 oliveiras. Tudo ali à porta. E uma pessoa dedica-se à terra e sente-se bem, mesmo bem (doem-me os ombros, pronto, mas passa).

Passei o dia a pensar em como seria imensamente feliz assim todos os dias. Dedicada à terra. A viver da terra.
Um dia, bolas, um dia ganho coragem. Um dia, caraças. Não acham estúpido ter o mundo aos pés e não viver dele/com ele de corpo e alma? Eu acho!

Depois tomei um banho bem quente (ai, os ombros), vesti-me melhorzinha, fui aos correios, às compras e buscar os miúdos à escola. Muiiiiiito mais feliz do que noutros dias. MUITO MESMO.

Se quiserem parem de ler, isto sou só eu a mentalizar-me de como SEREI Feliz quando viver só do campo. (viram o truque? não disse SERIA, disse SEREI, sim, serei!)

Sabem as pessoas que deixam tudo e partem para uma aventura no campo? Eu já cá estou, percebem?!! Não tivesse tanta necessidade de ordenado fixo para fazer face às despesas... Isto será desculpa?!!!

Bolas, como sou infeliz! Embora goste, e muito, do que faço, vá lá! Mas aquilo, pá, AQUILO é outro Mundo!

Constatação de final de semana

Preciso tanto de equilíbrio como de água ou mesmo oxigénio.
E não falo de um conceito muito complexo, não.

Basta-me que a casa esteja apresentável, relativamente arrumada, que já sinto um certo equilíbrio que ajuda tudo o resto.

E quando digo a casa, falo mesmo do espaço onde habitamos. Juro, se a casa estiver um caos, eu fico igual, e vice-versa.

E é isto.

A minha 1.ª Operação STOP

Já tinha sido mandada parar, mas ontem foi coisa à séria, com 3 viaturas policiais e mais de 10 agentes da GNR.
Ontem, logo ontem, fui mandada parar. Ontem, logo ontem... Não, não tinha bebido. Mas deixei a minha mala com os documentos em casa. Foi aquele "vou só ali, e já volto" e levei a chave do carro e uma pen que era o que precisava.
Como já referi estou a fazer uma formação à noite, que começa às 19h. Ontem saí mais tarde do trabalho. Graças a Deus a minha mãe fazia o jantar e foi buscar os miúdos à escola. Quando cheguei a casa dela eles já tinham TPC feitos e já tinham jantado. Eram 20h. Os 2 mais novos tinham acabado de capotar no sofá. Peguei-lhes ao colo, pu-los no carro e fomos para casa. O mais velho entretanto também se quis ir deitar e atrasei-me mais um pouco pois queria falar com ele um bocadinho.
Saí de casa ás 20h30, hora e meia atrasada. A formação é a menos de 1 km de casa, não levei a mala.

Saímos da formação às 22h e qualquer coisa. A meio do caminho vejo luzes, refletores, coletes fluorescentes. Primeiro pensamento: "F***-se, não tenho documentos".
Parei, abri o vidro e veio um GNR que não conhecia, havia lá muitos cá da terra.
Assim que ele fez continência e pediu os meus documentos e os da viatura eu exclamei, visivelmente nervosa:
- "Estou tão lixada, senhor guarda". sim, assim, na boa, lixada. Saiu-me assim!
E lá expliquei que morava já ali e blá, blá, blá. Ele pediu então os do carro, que o meu homem Graças a Deus tem arrumados e em ordem. Eu perguntei:
- "É grave não ter os meus documentos, não é?".
E ele:
- "Grave? É gravíssimo. São 130 euros de multa...".
Ao que respondo de mãos postas ao peito:
- "Ai Jesus, senhor guarda, que tenho 3 filhos para criar..."
Ele pediu para ver o triângulo e o colete. Mostrei. Perguntou-me se tinha ingerido bebidas alcoólicas. Eu disse que não, mas acrescentei:
- "Por acaso já soprei uma vez e o seu colega até disse que as mulheres são quem bebe menos mas que ficam sempre nervosas"... Ignorou-me.
Soprei, deu obviamente 0.00. Perguntei:
- "E aquilo da carta, posso ir busca-la a casa. Os seus colegas conhecem-me e sabem onde moro, venho já mostrá-la."
Ao que me respondeu:
- "Mora a 200 metros, não é? Vá-se lá embora!".
Fiz uma vénia enquanto que soltava um "Muito obrigada, senhor guarda!".
E foi assim, o senhor guarda não me lixou 130 euros que, parecendo que não, pagam 1 mês refeições e a piscina deles os três.

11.º mandamento: Não voltarás a sair de casa sem mala!

Ainda: costumo ir de mota e ontem não fui porque estava muito atrasada. Imaginem que nos mandavam parar, a Maria Vitória e eu, que stress (até porque além dos meus documentos, o comprovativo de pagamento do IUC dela também estava em casa...). Nossa senhora...

Reflexão do dia

Conversa entre os meus filhos mais velhos hoje de manhã:

Filho de 6 anos: Emendar é fazer de novo.
Filho de 7 anos: Sim, emendar é fazer de novo, mas bem.

Se eles percebem, para nós deveria ser muito mais fácil. Custa-me crer que "o que nasce torto não se endireita", como se diz.
Acredito que, por vezes, é possível uma segunda oportunidade, saibamos aproveitá-la.
Também acredito que as pessoas podem mudar, senão de que mais nos servirá saber-nos racionais...
Sei que há coisas possíveis de emendar embora muitas vezes a teimosia, a preguiça ou até a arrogância não o permitam. Uma vez mais, ser possível, é, se deixarem.

A minha reflexão de hoje é exactamente esta que eles, sem saberem, me deram. Muitas vezes somos nós que não deixamos emendar, ou que se emende. Por diversos motivos não acreditamos, não aceitamos, julgamos e não damos espaço a esse começar de novo, mas bem. Que sim, pode ser possível.

SoliDARios - Dia do Pijama

Há tempos falei aqui no blogue sobre o Dia do Pijama, a 20 de Novembro. O Dia Nacional de Pijama® é uma iniciativa e marca registada da Mundos de Vida®.
Neste dia as crianças vão de pijama para a Escola e a mensagem da actividade é que "uma criança tem direito a crescer numa família".
Dentro das inúmeras actividades que são proporcionadas e orientadas com as escolas aderentes está o Mealheiro - Casa dos Pijamas. Cada um dos meus filhos trouxe um desses mealheiros de papel para casa.
Em vez de simplesmente os enchermos de moedas, ou pedirem à família, sugerimos-lhes que fizessem umas coisas que já mostro que eles inventaram e que as vendessem à nossa família e amigos.
O do meio inventou há tempos uma pulseira que já aqui mostrei e que me ofereceu. O mais velho, com uns restos de madeira de uns projectos do pai inventou uma boneca que ofereceu ao do meio quando fez anos e que ele amou receber. Eles gostaram da ideia e fizeram uma dúzia de cada. Depois fizeram um cartaz e o resultado é este:

















Ontem os avós e uma tia vieram almoçar lá a casa. Fizeram bom negócio e ficaram felizes e gostei de ver que não mostraram a mínima intenção de ficar com o dinheiro, afinal, é a primeira vez que vendem o fruto do seu trabalho e originalidade. Também achei giro ver a tia H. várias vezes a admirar a pulseira que tinha no pulso. :)

Temos até dia 20 para vender o material e encher os mealheiros. Vai ser fácil! Não é por serem meus, mas estou muito orgulhosa destes miúdos! Ah! O mais novo vende sorrisos e beijos, já que todo ele é mel!

Mais informações sobre este projecto aqui: http://www.mundosdevida.pt

Animal ao volante

De manhã, atrasados, eu a acelerar mais do que de costume, faço uma curva e como vou depressa faço o som de um carro a chiar na curva. Pergunto o que parecia.
Resposta do mais velho: Um cordeirinho...
Resposta do do meio: Um burro a zurrar...
Resposta do mais novo: Paéce corridas...

Alguém que me compreenda!

Peso: Confissões da montanha russa da minha vida

Ora bem, depois de já ter dado pistas sobre o facto de ser uma ex-obesa de grau 2 em recuperação tenho que falar efectivamente na pedra do sapato da minha vida: o peso.
Hoje, ao ler a Leididi apeteceu-me falar sobre isto...

Quando miúda era assi pr'ó fofinho mas depois até que nem fiquei mal embora o facto de ter um cabelo preto, forte e a dar por baixo da cintura me fizesse parecer mais pesada... :)

Quando entrei no 2.º ciclo comecei a ganhar peso devido a uma combinação de factores que nem sei se têm ligação, a saber: fiquei menstruada, passei a ter dinheiro no bolso e a escola tinha um bar com bolos que passei a consumir na medida de, pelo menos, 1 por dia. Atentem ao Pelo Menos, que podia ser mais. O certo é que o dinheiro que eu levava era para comprar a senha do almoço e eu almoçava porcarias no bar. (Chamada de atenção para os pais...)
Ali pelos 12 anos penso que já vestia acima do 40 de calças. Na minha adolescência andei sempre entre os 75 e os 80 kg. Quando entrei na universidade perdi quase 10 e mantive-se ali pelo 70 - 72 kg.
Quando voltei para casa após concluir os estudos instalei-me nos 75 kg. Em 2003 tive dois empregos e voltei aos 72 kg e foi mais ou menos como o meu marido me conheceu.

Na minha primeira gravidez engordei 8 kg. Teria perdido uns 5 quando voltei a engravidar mas na segunda gravidez já engordei 16 kg. Cheguei, portanto, aos 91.
Sentia-me muito gorda depois de nascer o meu segundo filho e fiz uma dieta daquelas do Ser Racional, que são as melhores e tive muito cuidado com o que comia. Voltei aos 75 kg. Ao fim de dois anos, de repente, engordei 2 kg, era uma fome... sim, estava novamente grávida! :)
A terceira gravidez foi muito complicada, muiiitoooo difícil mesmo. Um dia falo melhor nisto mas estava grávida de gémeos, perdi um, fiquei os 9 meses em casa sendo que os últimos 5 numa agonia constante com receio de perder o outro bebé. Cheguei aos 110 kg, +-, sendo que na última semana já nem me pesei.
Quando saí da maternidade com o meu terceiro filho pesava 96 kg. Passei a ter alguns cuidados e ao fim de 3 meses pesava 85kg.
Pensei na vida, no facto de não querer ser aquela mãe enorme de fato de treino (que às tantas era o que me servia) que vai buscar os filhos à escola. Uma vez vi na rua um casal em que ela era muito mais gorda do que ele. Lembro-me perfeitamente de ter pensado coisas menos bonitas e, de repente, caí em mim. Aqueles eramos nós. Eramos iguais. Eu estava assim... Pensei no homem maravilhoso e jeitoso com quem casei e pensei que não queria ser aquela mulher. Não queria.
Com muita força de vontade fiz-me à estrada da dieta e iniciei a descida. Uma pessoa nem tem noção do quanto está mais gorda e, depois, não tem uma noção imediata do que vai emagrecendo, apesar do que diz a balança. Uma boa base de apoio foram blogues sobre emagrecimento, ajuda muito ler casos de sucesso.
Um dia importante foi quando vesti umas calças 38 que tinha comprado há uns 10 anos "para quando emagrecesse". Eu não vestia umas 38 p'rái desde os 12 anos...
No verão após o nascimento do meu filho tive um casamento. Vários factores a apontar: cheguei aos 67 kg; vesti um vestido lindo e pequeno e senti-me muito, mas mesmo muito bem. Por último, os noivos (sendo ele meu primo e presença assídua na minha vida toda) passaram por mim e ignoraram-me, a seguir olharam para os meus filhos e lá me associaram a alguém... Olharam para trás e ficaram impressionados. É que não me reconheceram mesmo... Foi muito giro.
O ano passado por esta altura engordei 3 kg. Este ano, nas últimas semanas, mais 3 kg.
Voltei a subir aos 70 e estou um bocado chateada com isto.

Se foi difícil perder peso? Sabem que até nem foi... Eu acho que o grande aliado do processo de perder peso é apenas a cabeça, tem que haver ali qualquer coisa que se liga, uma motivação que finalmente se instala, um objectivo que se determina e passa a viver em nós, com serenidade. Eu não sei explicar o que é mas há um click que se dá e que é o contrário de fazer desculpas mentais para comer.
Eu sei que senti que não queria aquele peso, tomei uma decisão e lá fui. Foi natural. Muito natural mesmo. Neste momento não o consigo fazer assim, naturalmente. Há umas 3 semanas comecei a dieta dos 31 dias e o certo é que não cumpri além de 3 dias, engordei entretanto.
Tenho que ir falando nisto, pensando no assunto, encontrar a tal serenidade porque, bolas, quando cheguei aos 67 estava muito feliz, mesmo!

Pronto, e têm sido 35 anos com mais ou menos peso, maioritariamente com mais... umas alturas com mais paz (e auto-estima), outras com menos. Se sou mais feliz quando estou mais magra? Sou, mesmo muito mais! Se acho que isto é uma doença? Acho. Embora não lhe encontra a raíz. Genética? também, com certeza.
Se acho uma treta que as pessoas mais gordas são mais alegres? Sim, a maior que (as gordas) se tentam impingir. Porque uma coisa é criar barulho outra é sentir felicidade.
Se acho que as pessoas criam obstáculos a si próprias e emagrecer parece ser a cosia mais difícil do mundo? Acho, mas acho mesmo. E sei que, neste momento, me estou a pressionar tanto que uma dieta não fará efeito. Tenho que conseguir a tal serenidade e, depois, é só ir andando!

Viva

Porque o estou, efectivamente.
Porque consegui um tempinho para escrever.

A última semana foi assim voltada para a loucura. Tirámos uma semana de férias em que, basicamente, preparei bolos e organizei festas de aniversário. O meu lindo e doce filho do meio fez 6 anos e teve 3 festas, ufa...
Uma na escola, uma no sábado ao almoço com o amigos e outra sábado ao jantar com a família, esta é conjunta.

Deixo foto de apenas um dos bolos, o da escola.














Normalmente fazemos lanchinhos no aniversário deles mas este ano não calhava bem, optámos por oferecer um almoço a cerca de 20 crianças... Foi giro? Foi! Correu bem? Sim! Repetem? NÃOOOOOO!!!!
Um lanche é um lanche, coisa simples... Já um almoço... senhores... além de dar muito trabalho, requer mais investimento e custa sentar 20 feras ao mesmo tempo à mesa... ui se custa. Chego a questionar ter mais filhos, ahahahahahah!

Para o almoço fizemos canja de letras, hambúrgueres caseiros, (o pai lá de casa faz os melhores do mundo). Depois, cada um compôs o seu hambúrguer como quis: alface, tomate, queijo, fiambre, cebola, molhos.
De sobremesa tínhamos espetadas de fruta, gelatina e mousse. A seguir, o bolo que, como a festa acabava pelas 15 horas, já serviu quase de lanche.

O nosso filho ficou feliz, divertiram-se todos muito mas nós concluímos que já estamos velhos para isto... :)
Não consegui tirar uma única foto do almoço, nem me lembrei sequer, tal foi a azáfama...
Mas deixo foto do convite que, modéstia à parte, estava muito giro. Ora vejam:















Por fim, anotar que a dona da mota já tem uns ténis para correr. Quando saímos da loja o senhor meu marido, com a caixa dos ténis na mão comentou: sabes que a vontade não vem em caixas, não sabes?!!! Ahahahahahahah
(Conhece-me tão bem!)
Olhem que bonitos, com apontamento em rosa, a minha cara!

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E há muito mais para contar mas agora não consigo. Até mais loguinho!