Filharada

Ao ler o post da Calita sorri por já ter pensado o mesmo: às vezes uma pessoa pensa que são filhos demais, e não são. Nunca são. Eu vou sempre pensar que tenho filhos a menos e toda a gente que me conhece sabe isso. Não é que tenha vindo ao mundo para ter filhos que é a melhor coisa que faço. Não, não é. Mas é tão bom caraças. TÃO BOM!
Apesar dos cheliques e stresses de certos dias, como aconteceu à Calita com 2 no Hospital no mesmo dia, mais as preocupações, o sufoco e a desmultiplicação, apesar de tudo, é absolutamente maravilhoso ter filhos. Não imagino o que seria ter tido apenas um, ou dois. Imagino, sim, muitas vezes, como seria bom ter mais um, ou dois... É por isso que penso muitas vezes no gémeo que perdemos, no como teria sido bom...
Não é um lugar comum dizer que eles nos ensinam tanto, não é. É real. Não é um lugar comum dizer que somos muito ricos, não é. É real. Não é um lugar comum dizer que o amor se multiplica, se expande, não é. É real.
É que cada um é tão especial, tão diferente, tão maravilhoso, tão único, tão ser humano... Ter filhos é gerar, criar, orientar seres humanos.
Mesmo os dias em que achamos que estamos a fazer alguma coisa mal, são bons dias. São dias de crescimento, de evolução. Nossa. Deles. Da raça humana.
Ter filhos é também uma responsabilidade do caraças. Não percebo como há, no mundo, quem faça mal a crianças. Juro que não percebo. Se penso nisso fico doente, agoniada. E depois custa-me que haja quem não consiga gerar um filho e queira muito. Estas contradições naturais, apesar de tão anti natura, custam-me. Fazem-me questionar os porquês do universo. Por outro lado, acho a adopção um bem enorme, em que se juntam corações carentes com corações cheios de amor para dar. É como uma segunda oportunidade, pessoas que se encontram porque tinha que ser e, se calhar é aí que está a lógica do universo, promover esse encontro. Embora acredite que custe.
Fomos muito abençoados com os nossos 3 filhos e há dias em que os nossos corações ficam muito cheios, plenos de tudo o que é sentimento bom neste mundo. Volta e meia falamos sobre ter mais. Falamos, "ai e se...", recuamos, sorrimos e contornamos a questão, sem a dar por encerrada. Não sei se é só um adiar ou se já temos a prole final. Não sei, não sabemos. Sei que se tivéssemos mais dinheiro era uma certeza e custa-me ser apenas esse o factor determinante. Que acaba por ser só esse. Mas outro dia enquanto lava a loiça estava a pensar que se fosse por fazer contas não sei se tínhamos tido filhos, aahahahahahah.
Depois há o facto de o mais novo já ter 4 anos e entretanto há coisas que já fazemos os 5 e há rotinas novas e giras e um ou dois bebés vinham mudar tudo outra vez. Mas também não seria por aí, porque eles crescem, é uma coisa boa que os filhos têm. Crescem. E é todo um processo maravilhoso.

Um dia destes temos mesmo que definir um plano. Tendo em conta a minha idade, temos 4 anos para ter mais filhos ou fazer um projecto de jovem agricultor. É uma questão a pensar!... Ahahahaahah

1 comentário:

  1. Olha que os projectos de jovem agricultor já deram o que tinham a dar ;)

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