Mãe e filha

A minha mãe é assim do melhorzinho. Ajuda-me sempre que pode, faz jantares, vai  buscar os meninos à escola, acolhe-os uma noite de vez em quando, remenda calças, faz-lhes maravilhosas camisolas de malha com gorro e cachecol a condizer e só não faz realmente o que não pode. Tanto a mim como à minha irmã. Veja-a praticamente todos os dias. Quando não nos vemos falamos por telefone. No entanto, acaba por ser sempre a correr. Há semanas em que podemos ver-nos todos os dias mas sem conversas de maior.
Sábado passado os meninos foram para os meus sogros pois tinham festa da catequese. Às 6 da tarde eu tinha que ir fotografar um concerto na Igreja. O meu homem estava naquela de se mais ninguém for, posso ir... (ou seja: ai, que ficava aqui tão bem...).
Telefonei à minha mãe a convidá-la a ir comigo. Foi.
Foram 2 horas e meia de boa música, fiz o meu trabalho mas, acima de tudo, pusemos a conversa em dia e tivemos tempo de qualidade juntas, só as duas. Descontraímos e divertimo-nos. Conversámos, rimo-nos, ficámos em silêncio a ouvir música, combinámos presentes de Natal. No final ela comprou dois cartuchos de castanhas que estavam a vender à porta e fomos para casa. Quando a deixei ela só advertiu:
- Aposto que entro em casa e me lembro de coisas que te queria falar... para a próxima telefona-me mais cedo que eu vou anotando num papel o que quero falar contigo...
Ahahahahahah

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