Natal e tal

Este ano não enviei cartões - nem físicos nem virtuais - de Natal. Mensagens não envio há anos.
Este ano não fiz listas de presentes. Comecei e juro que não é exagero a fazer as compras das prendas no dia 23 a acabei na manhã do dia 24. Ainda assim, prendas que tentaram ir ao encontro de cada destinatário.
Este ano, cada vez mais, o Natal deixou-me completamente assente na terra, a pensar nas pessoas, no porquê das coisas.
O Natal passou-se muito bem, a noite nos meus sogros, antes nos meus pais. Com a Nossa família. Ainda assim sem deixar de pensar no resto da família. Invadiu-me a alma o sentido do Natal do meu avô no lar, já sem conseguir ir a casa, do meu tio Zé no hospital, já sem gritar de dor porque o cancro lhe chegou à cabeça e o calou e o calará definitivamente um dia destes. Depois pensei na família que fica mais sozinha, ausente de jantares ricos, fartos e calorosos.
Pelo meio sorri com os meninos, com o Natal tão puro deles e sem preocupações. Minto, o meu filho do meio perguntou como é o Natal dos animais, se recebem prendas e quer mandar bananas para os macacos do Jardim Zoológico. E o mais velho anda a aprender a fazer malha com a minha mãe para fazer um cachecol para oferecer à porquinha da índia(talvez, quem sabe, no Natal do ano que vem...).

O melhor do Natal foi mesmo ouvir o meu sogro a comentar a novela Belmonte, muito digno de um espaço num programa da manhã. Muiiiito Bom, mesmo! O meu sogro é o máximo. O meu sogro foi Presidente de Junta até este ano porque a lei não o deixou continuar. Além do mel, da aguardente e de outras actividades agrícolas e afins a que se dedica agora a tempo inteiro, descobre-se ali um talento fantástico para uma qualquer tertúlia cor-de-rosa, juro! :)

1 comentário:

  1. Um grande beijinho já pós-natalício, mas sempre cheio de calor (já sabes que sou uma moça caliente).

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