Novelas

Podem não acreditar, mas eu sou do tempo da televisão com dois canais, mais, eu sou do tempo em que partilhávamos a TV com os meus tios, no rés-do-chão da casa (r/c comum, 1.º andar dividido em 2 casas). Lembro-me perfeitamente de irmos ao Continente da Amadora, onde viviam os meus tios, e comprarmos lá a nossa 1.ª TV e de a termos trazido no carro, no banco de trás, a minha irmã e eu espalmadinhas contra a porta mas não fazia mal, tínhamos finalmente um televisão.
Quando vivíamos nesse tempo com 2 canais era a TV que guiava a nossa rotina, muito diferente de hoje em dia... Havia sempre Lotação Esgotada à 4.ª feira e no resto da semana, depois do telejornal, víamos a novela.
E tantas novelas que eu vi... tantas, mas tantas novelas que me entraram na cabeça, me moldaram o conceito de amor, de ódio, de vingança, tanta informação absorvida com sotaque, vinda do outro lado do oceano e que fazia sonhar: com uma vida numa quinta a criar gado e andar de cavalo, com o jovem herdeiro de um criador de gado por quem nos apaixonamos e vivemos felizes para sempre...
Tudo muito vibrante, muito sentido, cheio de drama, emoção e, obviamente, um Final Feliz!
Aprendi tarde que o mundo das novelas não era bem o que se passa na realidade... acordar para a vida implicou romper com uma bolsa demasiado romântica e desprovida de realismo na qual estava envolvida. E custou! Acabando por ser compensador, vá!
Uma das minhas - nossas?! - novelas preferidas, daquelas em que se passava o dia ansiosa pelo fim das notícias para ver o desenrolar da história, foi obviamente a Tieta do Agreste!

E volta e meia vou ouvir o que vos deixo em baixo, da novela Tieta, que é do piorio, "coisa brega, né"?!!
Estou neste mood desde ontem, para terem noção da gravidade da situação, isto há-de ser do tempo:


Digam-me lá: dá ou não dá vontade de cortar os pulsos?!!! Ahahahahah

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